A pressão dos preços no atacado diminuiu em novembro e o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou a alta a 1,52%, após avanço de 1,89% em outubro, mesmo com preços no varejo ainda mais altos.
As variações acumuladas do índice, no entanto, já chegam a dois dígitos. No ano, a alta é de 10% e em 12 meses, de 10,69%.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis. Os proprietários, no entanto, dificilmente conseguirão essa correção pesada nos velhos contratos.
Isso porque o esfriamento da economia - que também impacta a compra e venda de imóveis - levou a uma perda de fôlego do mercado de locação.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, subiu 1,93% em novembro, ante 2,63% no mês anterior.
A alta dos preços dos produtos agropecuários diminuiu para 2,60% em novembro (ante 3,83%), enquanto o avanço dos produtos industriais desacelerou a 1,68%, sobre 2,16% em outubro.
Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, acelerou a alta a 0,90%, após 0,64% em outubro. O grupo Alimentação foi o que mais pressionou com alta de 1,37% em novembro, contra 0,45% em outubro.
Somente os preços do item hortaliças e legumes avançou 11,42%, após queda de 10,71%. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, avançou 0,40% neste mês, contra alta de 0,27% em outubro.
Tribuna da Bahia