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1 12/12/2017 21:30

Michel Temer tenta mais uma vez aprovar a reforma da Previdência na Câmara ainda este ano. Segundo informações do blog do Valdo Cruz, o presidente se reúne nesta terça-feira (12) com mais de 150 lideranças empresariais favoráveis à mudança com a finalidade de conversar com deputados para que a proposta seja votada o quanto antes. Participarão do encontro a Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), Federação da Indústria do Estado do Rio de Janeiro (Fierj), Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC) e a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Na corrida contra o tempo, Temer pressiona ministros pela liberação de recursos aos parlamentares numa tentativa de angariar votos. De acordo com o blog da Andréia Sadi, o presidente pediu aos ministros Alexandre Baldy (Cidades), Helder Barbalho (Integração Nacional) e Dyogo Oliveira (Planejamento) que acelerem as pendências relacionadas às respectivas pastas para atender aos parlamentares.

Na semana passada, durante evento da indústria química em São Paulo, o presidente ainda solicitou aos empresários que façam uma "força-tarefa" e liguem para os deputados pedindo votos. "É preciso que os senhores saiam a campo: conhece um deputado, liga para ele", defendeu. "Faz uma força-tarefa", destacou.
 
Temer também ressaltou que a reforma interessa especialmente ao setor empresarial. "Com toda franqueza, vejo os amigos empresários, a quem realmente interessa a reforma da Previdência, nos dizendo 'nós somos a favor'. Mas mais do que a favor, eu gostaria de pedir a vocês: saiam em uma frente de trabalho. Porque nós temos nesta semana, marcado agora para 18 ou 19, a votação. Os senhores todos que tiverem contato com os colegas, amigos deputados, senadores, que tanto ajudaram o governo, podem convencer desses argumentos", afirmou o presidente.

Na segunda-feira (11/12), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que há "uma grande possibilidade" de que a discussão sobre a reforma da Previdência comece nesta quinta-feira (14) no Congresso e que a proposta seja votada na Câmara na semana que vem. "Nesta quinta as chances (de votar) não são elevadas. Existem, mas são baixas. Agora existe uma grande possibilidade de iniciar-se a discussão formal e ser votada na próxima semana", disse.

Outro agravante para a protelação da votação refere-se ao recesso parlamentar no Congresso, que começa no dia 22 de dezembro e vai até fevereiro. Se, de fato, a votação não ocorrer este ano e ficar para 2018, a possibilidade de ser realizada é considerada mais difícil por se tratar de ano eleitoral.  Além de precisar de 308 votos dos 513 deputados em dois turnos na Câmara, o texto ainda precisa passar pelo Senado. Entretanto, o governo teria uma vitória se o tema precisasse ser analisado somente pelo Senado em 2018. Enquanto isso, o governo já apresentou uma nova e mais enxuta proposta que estabelece um tempo mínimo de contribuição de 10 anos menos para trabalhadores do INSS em relação aos servidores públicos e poupa todos os trabalhadores rurais. 

Correio
Foto: Arquivo Abr







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