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A Polícia do Rio Grande do Norte iniciou na manhã desta terça-feira (24) a intervenção na Penitenciária Estadual do Alcaçuz, que vem sendo alvo de seguidas rebeliões nos últimos dias. Uma força-tarefa envolvendo o Bope, Tropa de Choque e o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Secretaria de Justiça (Sejuc) vai realizar uma revista minuciosa nos pavilhões do presídio.

Após a revista, os policiais vão apoiar a construção de um muro de contêineres para separar grupos rivais. Os policiais chegaram no local por volta das 7h30 e, de acordo com o G1 Rio Grande do Norte, por volta das 9h40 os presos se recolheram nos pavilhões e começaram a rezar.

Além da intervenção policial, O secretário de Segurança do Estado anunciou uma série de medidas urgentes para coibir as mortes e rebeliões nas cadeias do Rio Grande do Norte. Entre as medidas estão: reparos nos pavilhões 2 e 3, que serão fechados, de modo a trazer todos os presos para eles e deixar separados os do pavilhão 5; colocação de cerca externa com sistema de alarme afastada 50 metros do entorno de Alcaçuz, para ter um perímetro de segurança para evitar entrada de armas no presídio; executar uma obra de eclusas, portões coordenados, abertos e fechados, para garantir entrada de forças policiais no pavilhão 5.

Os problemas na Penitenciária de Alcaçuz tiveram início após o motim que deixou 26 mortos. A rebelião foi motivada por disputas entre as facções PCC e Sindicato do Crime. Logo depois, uma onda de violência se instalou em Natal, capital do estado. Mortes foram registradas e ônibus foram queimados. O governo federal autorizou a ida das forças armadas para fazer a segurança das ruas e dos principais pontos turísticos da cidade.

Ontem, a polícia encontrou três túneis em Alcaçuz. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, presos aparecem queimando ossos e pedaços de peles, que eles afirmam ser de outros presos mortos. O governo do Rio Grande do Norte afirmou que vai apurar se o caso se trata de canibalismo.

Correio