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1 29/08/2015 17:00

Apesar de trazer os mesmos riscos que o cigarro, o narguilé é visto por muitos como uma opção mais saudável. Para desconstruir essa ideia, o Dia Nacional do Combate ao Fumo, lembrado hoje, escolheu o objeto como tema. 

Uma sessão de uma hora de uso do cachimbo de água equivale a fumar 100 cigarros, segundo estudo do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Isso acontece porque o volume de tragadas do cigarro alcança 30 a 50 ml entre cinco e sete minutos, enquanto no narguilé esse índice é de 1.000 ml por hora. Em 2008, o IBGE estimou que 300 mil pessoas usavam o instrumento. 

“As pessoas entendem que causa menos males que o cigarro, mas é o mesmo fumo”, garante Cristina Perez, consultora técnica da área de Prevenção e Promoção da Saúde da Fundação do Câncer. A especialista afirma que a hipótese de água filtraria as substâncias tóxicas não é verdadeira.” Faz mal do mesmo jeito”, alerta. 

Outro mito seria que os sabores adicionados em alguns caximbos iriam diminuir o efeito. “É só para disfarçar o sabor desagradável”, ressalta. Esses sabores, contudo, muitas vezes servem para pessoas que nunca fumaram. E, depois, muitos passam a consumir o cigarro tradicional também. “Pode ser um produto para a iniciação”, salienta. 

Cristina destaca ainda que, por muitas vezes ser usado coletivamente, o narguilé pode ajudar a transmitir doenças como herpes, tuberculose e hepatite C. Por fim, a fumaça do cachimbo de água causa o mesmo efeito que a do cigarro em fumantes passivos. O Perfil do Tabagismo entre Estudantes Universitários no Brasil mostrou que, em 2011, 80% dos estudantes que consumiam com frequência algum derivado do tabaco escolhiam o narguilé.

Número de fumantes está caindo 

O índide de fumantes no Brasil está em queda, mas essa redução é menor entre as mulheres. Foi o que apontou levantamento do Centro de Medicina Nuclear da Guanabara (CMNG). O instituto analisou 1.600 pessoas, todas funcionárias de grandes empresas, e descobriu que 8,8% das mulheres usavam cigarro, contra 7,64 dos homens. A média foi de 8,1%. 

Para Eduardo Duarte, coordenador do Centro de Check-Up do CMNG, a diferença é explicada pelo fato das mulheres, cada vez mais, adotarem hábitos masculinos. O médico acredita que será possível continuar reduzindo o número de fumantes. “Acredito que vai diminuir mais. A consciência está se fazendo cada vez mais presente”, avalia.

Tribuna da Bahia







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