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1 04/09/2020 10:21

Registrados desde o último sábado (29/8), os tremores de terra deixaram seis famílias desabrigadas em São Miguel das Matas e outra em Amargosa. Os moradores podem receber aluguel social das prefeituras até conseguirem reconstruir ou reabitar suas casas. Das afetadas, apenas uma família de São Miguel das Matas optou por ficar na casa de parentes e não receber o auxílio da prefeitura. As cidades decretaram situação de emergência após a ocorrência de terremotos nos municípios.

Em Amargosa, a situação de emergência foi decretada nessa quinta-feira (3) vigorando por um período de 90 dias. De acordo com o prefeito Júlio Pinheiro, 15 residências são monitoradas pela gestão para verificar se haverá a progressão das rachaduras causadas pelo tremor de terra com a continuidade dos sismos.

“O decreto é um protocolo para que a adoção de medidas de socorro e recuperação das casas possa ser feita sem cumprir certas formalidades”, explicou o gestor. Uma igreja e duas escolas também foram afetadas pelos terremotos. 

O decreto de situação de emergência no município de São Miguel das Matas foi publicado na segunda-feira (31/8). No documento, a prefeitura cita os danos causados pelos recorrentes tremores de terra nas regiões de Tabuleiro da Boa Vista, Pedreira, Prensa, Riachão, Gendiba, Cabeça do Boi e na sede do município.

De acordo com o prefeito José Renato Curvelo, a gestão já identificou cinco casas destruídas pelo terremoto e mais de 50 com rachaduras causadas pelos tremores. Boa parte dos estragos ocorreu na zona rural, que é mais próxima do epicentro, em Amargosa.

Ambas as cidades buscam recursos junto ao estado e ao governo federal para reconstruir e reformar os imóveis afetados pelos terremotos. As duas prefeituras acompanham a evolução dos tremores, dão suporte para as famílias que estão amedrontadas e orientam a atuação em caso de novos abalos sísmicos.

Segundo o superintendente da Defesa Civil da Bahia (Sudec), Paulo Sérgio Luz, os municípios de Amargosa e São Miguel das Matas foram mesmo os mais afetados. Em conjunto com a prefeitura, os agentes do órgão ainda realizam o levantamento do número de desabrigados e de imóveis danificados na região. 

Desde o último sábado (29/8) até quinta-feira (3/9), a Rede Sismográfica Brasileira registrou 23 tremores de terra na região de Amargosa. O maior evento foi registrado no domingo e teve magnitude de 4.6 na escala Richter. 

SISMÓGRAFOS

om a ocorrência de tremores na região, nove sismógrafos serão instalados em uma rede que cobrirá os municípios de Amargosa, Mutuípe, São Miguel das Matas, Elísio Medrado, Brejões, Laje e Ubaíra. Os equipamentos começarão a ser instalados nesta sexta-feira (4) por uma equipe de sismólogos e pesquisadores do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LABSIS/UFRN), que integra a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR).

A previsão é que os sismógrafos estejam funcionando até o dia 13 de setembro. O trabalho será acompanhado por uma equipe da Defesa Civil do Estado da Bahia. Os aparelhos são usados para detectar os movimentos do solo, inclusive, os gerados pelas ondas sísmicas.

O professor titular do Departamento de geofísica da UFRN e coordenador do Labsis, Aderson Farias, explica que os equipamentos permitirão uma maior precisão na detecção dos tremores de terra. *Correio

 

 







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