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1 22/01/2020 09:40

O Irã confirmou ontem que disparou dois mísseis no avião ucraniano da Boeing que foi abatido neste mês perto de Teerã com 176 pessoas a bordo. O país persa também confirmou pela primeira vez que mais de um míssil foi lançado na aeronave da Ukraine International Airlines.

No relatório elaborado pela Organização da Aviação Civil do Irã, os investigadores do país admitiram que dois mísseis Tor-M1 foram disparados contra o avião , confirmando a veracidade das imagens de uma câmera de segurança que flagrou a aeronave sendo atingida por dois foguetes, que foram disparados com um intervalo de 30 segundos. A gravação foi divulgada na semana passada pelo jornal The New York Times.

As autoridades do Irã também pediram ajuda aos Estados Unidos e a França para decodificar o conteúdo das caixas pretas do avião, mas os dois países "ainda não responderam positivamente" ao pedido de fornecer a tecnologia necessária para a tarefa.

O abatimento do voo 752 da Ukraine International Airlines aconteceu no dia 8 de janeiro, em meio à escala de tensão entre os Estados Unidos e Irã. Washington fez um bombardeio que matou o general Qassim Soleimani, militar mais poderoso do país persa. Teerã, por sua vez, respondeu com o disparo de mísseis em duas bases no Iraque que abrigam tropas norte-americanas.

Apesar de inicialmente ter negado, Teerã reconheceu que o abatimento do avião ucraniano foi ocasionado por um "erro humano" e o caso provocou diversos protestos no país asiático. Entre as 176 vítimas da tragédia, a maioria era do Irã e do Canadá.

Novos ataques

Três foguetes atingiram na noite desta segunda-feira, 20, a Zona Verde de Bagdá (a mais segura do país), perto da embaixada dos EUA, informaram serviços de segurança, que não relataram vítimas. Desde o final de outubro, dezenas de foguetes foram lançados contra soldados e diplomatas americanos no Iraque, especialmente na Zona Verde de Bagdá. A autoria desses ataques nunca foi reivindicada, embora os EUA tenham atribuído vários deles a facções pró-Irã.

As ofensivas teriam justificado a morte do general Qassim Suleimani, em ataque com drone feito pelos EUA em Bagdá, no dia 3 de janeiro. Em meio a tensões permanentes na região, o Irã disse nesta segunda que não havia fechado a "porta para negociações" nos esforços para resolver uma disputa sobre seu acordo nuclear com potências mundiais, que tem aumentado constantemente desde 2018, quando os EUA se retiraram do acordo de 2015. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Abbas Mousavi, afirmou que qualquer atitude de Teerã com relação ao acordo dependeria de ações de países europeus, que acionaram um mecanismo que pode levar à reimposição das sanções ao Irã.

Tribuna da Bahia, com informações da ANSA







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