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1 24/04/2019 15:25

Cristina Pita

A dona de casa Maria do Carmo, de 40 anos, morreu na terça-feira (23/4), no Hospital Maternidade Luís Argolo, em Santo Antônio de Jesus, após passar cinco dias à espera da retirada de um bebê morto em sua barriga, já com oito meses de gestação.

Segundo relato do marido da paciente, Antônio Lemos, os médicos e o Hospital Maternidade Luís Argolo demoraram no atendimento e, por conta disso, a esposa dele acabou morrendo. Ele acusa o Hospital de negligência. Moradora do Conjunto Habitacional Vila Viva, Maria do Carmo deu entrada no Hospital na segunda-feira (22/4) com o feto morto na barriga. “Minha mulher precisava de cirurgia para retirar minha filha que havia morrido há 5 dias. Minha mulher estava com 8 meses de gestação”, contou. Maria do Carmo acabou morrendo após o parto.

Maternidade explica o caso

A superintendente da Santa Casa de Misericórdia, Ludmila Reis, disse que todos os procedimentos adotados foram padrões em casos como esse. "Tudo foi feito para tentar salvar a vida da paciente. Não houve descuido do caso. A paciente deu entrada na segunda-feira e estava em indução do parto, por conta da situação do feto. A mãe estava tendo toda a assistência”, garantiu.

De acordo com Ludmila Reis, a vítima foi atendida por um médico que examinou a paciente e o feto estava inaudível. “Levamos para fazer ultrassonografia na segunda mesmo e foi detectado o feto morto. Ela foi atendida no mesmo dia. Ontem, terça-feira (23/4), quando liguei, a paciente estava com 2 cm de dilatação, estava evoluindo bem, não houve negligência de equipe nenhuma. No final da tarde, a paciente convulsionou e foi levada imediatamente para o centro cirúrgico. Lá já estava alguns médicos, a paciente foi entubada, foi reanimada, fizemos tudo o que foi possível para salvar a vida dessa paciente. Eu acompanhei tudo junto com a equipe médica. Chamamos o marido, conversamos e explicamos tudo o que foi feito e ele entendeu”, explicou.

Ainda de acordo com Ludmila Reis, a denúncia da família pode prejudicar muito o Hospital. “Por falta de conhecimento das pessoas, a instituição pode ser prejudicada assim como a equipe, que se esforça para atender os pacientes”, ressaltou. Ludmila salientou quer que estará disponível para esclarecer qualquer tipo de dúvida. “Tudo o que podia ser feito pela paciente, nós fizemos. Jamais vamos negligenciar uma vida. Estamos à disposição da família para esclarecer qualquer dúvida que ficou, porque temos medo que os pacientes parem de buscar apoio da Santa Casa de Misericórdia”, finalizou.

 







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